Como gerenciar meu planejamento estratégico?

Você elaborou planos de ações detalhados, deu instruções bem específicas, mas o que pode garantir que as pessoas vão executar aquilo estava combinado?

As gavetas das empresas estão cheias de excelentes planos que não conseguiram ser implantados.

Seja porque as pessoas interpretaram erroneamente aquilo que foi passado, ou porque as instruções não passaram pelo crivo da realidade da rotina de trabalho e do mercado, algo fugiu ao controle dos gestores e as estratégias não saíram do papel.

Você precisa desenvolver habilidades gerencias para promover os ajustes e as intervenções necessárias e garantir a execução das ações estabelecidas.

Lembre-se, antes de tudo, que o planejamento estratégico não é um trilho. Ele é no máximo uma trilha que terá que ser adaptada a realidade a medida que as ações forem sendo implementadas.

Não deixe sua equipe perder o foco e a energia. Acompanhe os planos de ações e ataque os problemas enquanto eles ainda são pequenos. Você tem que dar o exemplo e se manter em dia nas atividades assumidas.

Cuidado para não assumir coisas demais e não conseguir executar. A capacidade de delegar e dar suporte aos delegados garantindo que tenham condições e autonomia para trabalhar é uma característica indispensável.

O problema está nas estratégias ou na execução?

Existe uma tendência a achar que as estratégias foram mal concebidas. Muito cuidado para não desacreditar boas iniciativas por incapacidade na execução. A experiência tem mostrado que em geral é esse o problema.

Para garantir que os planos vão ser bem executados, antes de tudo estabeleça bons indicadores. Métricas claras e abrangentes com periodicidade de medição bem definida e metas acordadas com a equipe deverão ser visitadas periodicamente.

Qualquer desvio de rota ou dificuldade deverá ser tratado enquanto ainda não afetou a meta global. Acompanhe os planos de ações semanalmente. Quando não for possível, realize reuniões com as equipes num intervalo máximo de 15 dias.

Não deixe que as pessoas sejam apenas os mensageiros dos problemas, envolva a equipe na busca das soluções. Quando o problema for identificado reúna a equipe e peça sugestões quanto as suas causas. Encontrada a causa, faça um brainstorming buscando desenvolver um conjunto de soluções.

Definam juntos a melhor solução para o problema e detalhe um plano de ação para orientar a solução do problema. Além disso caia em campo e veja como as coisas estão sendo feitas. Por mais bem feito que sejam os relatórios, nada vai substituir o contato com a realidade.

Todos envolvidos em ações estratégicas ou operacionais devem saber quais as métricas vão ser utilizadas para avaliar o seu desempenho. Análises subjetivas geralmente são desestimulantes e geram desconfiança.

É importante que fique claro o desempenho esperado e quais aspectos do trabalho são os mais relevantes. Então sempre que uma métrica estiver em desacordo com o que foi estabelecido no planejamento, os gestores devem intervir, descobrindo a origem do problema e consertando.

Promova reuniões com periodicidade bimestral ou trimestral para que todas as equipes envolvidas no planejamento estratégico apresentem os seus resultados, aquilo que deveria ser feito e não foi, quais problemas principais precisam de solução, quais recursos vão demandar e o que precisa ser corrigido no rumo dos seus planos de ações.

Incentive a todos a oferecer soluções aos problemas e demonstre que está aberto a ajudar. Não que essas reuniões sejam momentos de desculpas, mas é importante que as equipes estejam à vontade para pedir ajuda quando necessário e relatar as suas dificuldades.

Tenha e estimule a sua equipe de líderes a ter uma atitude proativa diante do planejamento. Não adianta ficar dentro de uma sala esperando ser comunicado por tudo. Planejamento e implantação estão interligados e o sucesso das ações precisa do constante monitoramento e contato com a gestão.

Se for você o único gestor, vá para a linha de frente saber como as coisas estão, procure os problemas e ofereça soluções. Mas cuidado! Não se envolva excessivamente com atividades operacionais. Ter contato com as equipes de execução não quer dizer que você será a única equipe de execução das ações estratégicas.

Você precisa reconhecer que as mudanças causam resistência. Algumas pessoas dentro da sua empresa podem se sentir ameaçadas, podem ver seu status ou mesmo seu conjunto ou rede de relacionamentos afetados.

Essa resistência pode ser passiva, refletida na falta de compromisso com o plano, ou ativa, gerando oposição direta ou sabotagens.

Reconheça os resistentes e comunique com clareza os novos objetivos e arranjos, destaque os benefícios da nova estratégia, dê suporte para que encontrem seus novos papeis dentro da empresa e dê novas formas de poder àqueles que sentirem que perderam poder com as mudanças.

Por fim, construa estratégias de contingência para quando as estratégias não derem certo ou não apresentarem os resultados esperados.

O risco é uma variável comum a todo planejamento. O que vai variar é a forma como você se prepara para o que pode dar errado.

Prepare sua equipe para lidar com situações adversas e seja persistente. A constância de propósito é uma característica essencial do comportamento empreendedor.

Se precisar de ajuda para desenvolver o modelo de gestão do seu planejamento estratégico, entre em contato conosco! Nossa equipe está pronta para atende-lo!

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